O Brasil foi dos primeiros países a ter a novidade do final do século XIX – a máquina que aprisionava sons -, já que em 1878, um ano apenas depois de ter registrado sua invenção, Edison receberia autorização do imperador para comercializar a aparelho no país.
A princípio a coisa foi atração de feira, circense, teatral, sendo exibida por camelôs onde encontrassem espaço para reunir meia dúzia de embasbacados cidadãos dispostos a pagar um níquel para ver e ouvir aquela incrível máquina falante. Saída das páginas da ficção registraria poderosa influência na cultura de todos os povos.
No Brasil, o primeiro a se interessar comercialmente pelas máquinas falantes foi o imigrante tchecoslovaco, de origem judaica, Frederico Figner. Menino, emigrou para os Estados Unidos
e lá, já adulto, ao tomar conhecimento da invenção, que ainda
funcionava de forma primitiva com rolos de cera e deixava de ser
curiosidade para se transformar em atividade comercial, comprou um
fonógrafo, com alguns rolos de cera, e saiu a exibi-los pelas Américas.
De volta àquele país resolve explorar um mercado virgem e parte rumo ao
Brasil, onde entra por Belém do Pará no final de 1891. Percebendo
o sucesso de suas apresentações, envereda pelo Ceará, Paraíba,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e dá com os costados no Rio de Janeiro, em abril de 1892.
Aluno: David Cortes Gomes
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